sexta-feira, 29 de julho de 2022

Mapas


Mappa Architectural da Cidade do Rio de Janeiro 1874

Entorno do Terreiro do Paço
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro



quinta-feira, 14 de julho de 2022

Muda da Tijuca

 
Estação Muda da Tijuca da Light na década de 1920
Foto Augusto Malta

Rua Conde de Bonfim na altura da antiga estação da Light

VLT

Alstom anuncia novo contrato para expansão do VLT do RJ

13/07/2022 - Portogente

A expansão do sistema na capital carioca irá aumentar a mobilidade sustentável e abrirá caminho para futuras expansões.

A Alstom assinou contrato para ampliação do sistema VLT (sigla para Veículo Leve sobre Trilhos) do Rio de Janeiro (RJ), que terá conexão com um terminal integrado a um novo sistema de BRT (sigla em inglês para Bus Rapid Transit) e interligação com a rodoviária da capital carioca. O escopo do projeto da Alstom inclui a ampliação da linha do VLT em cerca de 700 metros em via dupla e a construção de uma nova estação (Terminal Gentileza), com quatro plataformas, o fornecimento do sistema APS para todo o trecho (1,4 km), uma subestação retificadora e adaptação de uma existente e fornecimento de toda a sinalização do trecho. A expansão deverá permitir um aumento de aproximadamente 40% no número de passageiros, além de abrir caminho para futuras ampliações do sistema na região de São Cristóvão, bairro da zona norte do Rio de Janeiro.

Com conceito de mobilidade inteligente, o VLT carioca é alimentado pelo APS, um sistema de propriedade da Alstom que faz a alimentação elétrica pelo solo. Trata-se de um sistema composto por duas sapatas localizadas na parte inferior do trem e, quando o veículo passa pelo local onde estão instalados equipamentos Power Box (cerca de 1.100) se dá a energização dos correspondentes segmentos de trilho APS e a consequente alimentação do veículo. Existe ainda um conjunto de supercapacitores que armazena e fornece energia ao veículo nos locais sem os trilhos energizáveis ou em caso de falha localizada, até o próximo ponto de energização, o que elimina a necessidade de fios externos e, consequentemente, valoriza a arquitetura e a paisagem da cidade. "O VLT permite que a cidade desenvolva a mobilidade sustentável, além de repensar e modernizar as áreas urbanas e a preservação de seu patrimônio arquitetônico", explica Pierre Bercaire, diretor geral da Alstom Brasil.

Além de reduzir o impacto ambiental do sistema, o VLT do Rio de Janeiro utiliza energia totalmente renovável, com zero emissão de CO2. Para Bercaire, o VLT trouxe mais opções de mobilidade para a população da cidade. "A Alstom comemora as contribuições do VLT para a capital carioca, sabendo que milhares de passageiros têm suas vidas melhoradas diariamente graças a esse sistema de transporte. Nesse período, assumimos um compromisso com a cidade do Rio de Janeiro e trabalhamos para manter essa operação inovadora, que gera benefícios para as pessoas, tanto moradores quanto turistas que circulam pela cidade", comenta.

O anúncio do novo contrato acontece na mesma época em que o VLT do Rio de Janeiro completa seis anos de operação. Fabricado pela Alstom em Taubaté (SP), o modelo Alstom Citadis para o VLT carioca já transportou mais de 88 milhões de pessoas em mais de 1 milhão de viagens, em um total de 5,5 milhões de quilômetros percorridos centro da cidade e a região do Porto Maravilha, integrando-se a à mobilidade da cidade com metrô, trens suburbanos, ônibus, navios, barcas e o aeroporto Santos Dumont.

Inaugurado para as Olimpíadas do Rio de Janeiro (2016), o sistema é dividido entre três linhas (com 29 paradas) e possui uma frota de 32 trens com capacidade para 420 passageiros cada.

Presente no Brasil há 67 anos, a Alstom vem participando do desenvolvimento da infraestrutura do país, contribuindo para o progresso social com respeito ao meio ambiente.

Dedicada ao setor de transporte ferroviário, sua contribuição pode ser vista em produtos e serviços nas principais operações de transporte do país, como os Metrôs de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza, Recife e Brasília, além do VLT do Rio de Janeiro e as implementações de soluções tecnológicas para operadores de transporte de mercadorias.

quinta-feira, 7 de julho de 2022

VLT

Prefeitura lança plano para transformar BRTs em VLTs; entenda

07/07/2022 - Extra

Luiz Ernesto Magalhães

A prefeitura lança hoje um plano para implantar uma nova linha de VLT na Zona Sul do Rio que interligaria Botafogo e Gávea, passando pelos bairros do Jardim Botânico e do Humaitá. E, em outra frente, para converter em VLTs os corredores de BRT Transoeste (Santa Cruz-Alvorada-Jardim Oceânico) e Transcarioca (Barra-Aeroporto Tom Jobim), no prazo de 15 anos. O custo total estimado para criar 223 quilômetros de novos de trilhos é de cerca de R$ 16 bilhões. O valor equivale a a 40% do orçamento da prefeitura para 2022: R$ 39,2 bilhões.

Na Zona Sul, o prazo para conclusão das obras é mais curto. A promessa é converter para trilhos boa parte das faixas usadas pelos carros em ruas como a Voluntários da Pátria, Humaitá e Jardim Botânico, deixando o sistema pronto para entrar em operação em 2025. O mandato do prefeito Eduardo Paes acaba em 2024.

— Na Zona Sul, contrataremos estudos e projetos neste semestre. Em 2023, escolheríamos a empresa que executaria as obras, compraria trens e trilhos e operaria o sistema em uma Parceria-Público-Privada (PPP)— diz o secretário municipal de Coordenação Governamental, Jorge Arraes.

Com previsão de 12 km e 13 estações distribuídas entre as imediações da estação do metrô de Botafogo e a PUC, a intervenção tem custo estimado em R$ 1,3 bilhão. Pelo modelo proposto, a prefeitura ressarciria o investidor pagando o investimento em parcelas durante o prazo de concessão, que deve ser de 25 anos.

Escassez de recursos: Após quatro séculos abrigando menores abandonados no Rio, Fundação Romão Duarte fecha as portas

O projeto do VLT da Zona Sul tem um traçado muito semelhante ao que consta em projetos para uma futura expansão da Linha 4 do metrô, de responsabilidade do estado. Para esta, no entanto, não há prazo para acontecer. Em meio a um impasse jurídico sobre o real custo das intervenções e a falta de recursos, a expansão do sistema está paralisada há seis anos e nem mesmo a obra da estação da Gávea acabou.

— Não vamos concorrer com o projeto do metrô, que é um serviço de alta capacidade. Nosso projeto oferece um serviço de melhor qualidade, que permitirá remanejar ônibus da Zona Sul para atender demandas de outras áreas da cidade. Essa substituição já foi feita quando o VLT Carioca foi implantado no Centro— argumenta Jorge Arraes.

No caso dos BRTs, o anúncio do novo plano ocorre em um momento em que a prefeitura ainda não conseguiu resolver os problemas crônicos do sistema. Parte dos novos articulados comprados para substituir a frota sucateada só começa a chegar no fim do ano, e as primeiras sondagens para reconstrução da calha do Transoeste — que teve falhas no projeto— começou esta semana. Somente em dois contratos, serão gastos R$ 235 milhões. Outras duas licitações ainda estão sendo planejadas pela prefeitura.

Arraes diz que o chamado plano de ‘‘VLTização’’ dos corredores irá correr em paralelo com os investimentos em andamento. A conversão do sistema, que aproveitaria todas as calhas e estações do BRT já existentes, tem custo estimado em cerca de de 14,7 bilhões.

— O traçado já existe. Ainda vamos contratar os projetos e definir qual será o modelo de concessão. A previsão é que o novo operador assuma o sistema em 2025. E haveria uma transição para o VLT. À medida em que a nova frota contratada esgotasse a vida útil, seria substituída por trens — diz Arraes.

Pelos planos, os BRTs Transolímpico (Recreio-Deodoro) e o futuro BRT Transbrasil (Deodoro-Caju) continuariam operando com articulados.

Hoje, o Rio conta apenas com 28 quilômetros de VLT no Centro e nunca alcançou o número de usuários previsto no projeto.