Companhia Estrada de Ferro do Norte
Companhia Estrada de Ferro da Tijuca
1898 - 1907
Histórico
Em 23 janeiro de 1886, através do Decreto nº 9.550 foi concedido à Estrada de Ferro do Norte o privilégio para construção de um ramal que terminasse no Alto da Bôa-Vista, na serra da Tijuca. Os estudo definitivos do ramal foram aprovados em 31 de julho de 1886, através do decreto nº 9.620.
Em meados de 1888, foi organizada em Londres a Rio de Janeiro and Northern Railway Company para comprar, construir e explorar determinadas estradas de ferro exploradas pela Estrada de Ferro do Norte, no intuito de ligar esta rede com as ferrovias de Leopoldina, Cantagallo, Macahé e Campos, Carangola e Príncipe do Grão Pará. Em 24 de junho de 1888 a E.F. Norte foi adquirida pela RJ Northern Railway, que foi autorizada a funcionar pelo decreto nº 9.951 de 9 de julho de 1888.
Em janeiro de 1889, a RJ Northern Railway iniciou as obras de assentamento dos trilhos do ramal da Tijuca, entre a raiz da Serra e o Alto da Boa Vista. Preferiu-se iniciar por esse trecho, tendo em vista a possibilidade de junção com as linhas da Companhia São Christóvão no bairro da Tijuca, numa primeira etapa.
Em 5 de novembro de 1890, através do decreto nº 954, foi permitida a adoção de tração elétrica na ferrovia. A companhia abandonou o projeto definitivo que no trecho da serra empregava o sistema Riggenbach e adotou a eletricidade segundo o sistema Tomson-Hanston Electric Railway.
Em 4 de outubro de 1890, foi concedida autorização à Estrada de Ferro do Norte a transferir o ramal à Companhia da Estrada de Ferro da Tijuca.
Em 5 de novembro de 1890, foi concedida autorização para a companhia assentar trilhos na Estrada Nova da Tijuca, reduzindo a bitola.
Em 1891, a Companhia Estrada de Ferro da Tijuca contava com 13 km de linhas em construção, entre o Alto da Boa Vista e a Casa da Moeda. Em 7 de novembro de 1891, foi autorizada a implantar linha elevada, em viaduto metálico, entre a Casa da Moeda e a Praça Tiradentes, que nunca foi construído.
Em 7 de novembro de 1891, foi concedido o privilégio para a construção do prolongamento do Alto da Boa Vista até a fazenda do Mocke, com 4 km de extensão, e da travessa de São Salvador (Tijuca) até a praça Tiradentes.
As obras da Estrada de Ferro Tijuca, com 11 km de extensão, estiveram praticamente paralisadas em 1893, limitando-se a pequenos serviços de manutenção. Em função da morosidade da obra, através do decreto ministerial n° 1.655 de 20 de janeiro de 1894, foi declarada caduca a concessão da ferrovia.
A concessão da Estrada de Ferro da Tijuca, que havia sido declarada caducada em 1893, foi revalidada pelo decreto nº 2.039 de 15 de julho de 1895. Prosseguiam as obras de construção do primeiro trecho, com 11 km de extensão com bitola de 0,6 metro.
Em 1° de novembro de 1897, através do decreto nº 2.658, a Estrada de Ferro da Tijuca foi autorizada a alargar a bitola de suas linhas de 0,60 m para 1,44 m.
Em 14 de setembro de 1898, foi inaugurado o primeiro trecho da linha de bonde elétrico, ligando a Raiz da Serra da Tijuca, atual Usina, ao Alto da Boa Vista.
Estação Juncção do Elétrico
Relatório do Ministério da Agricultura de 1898
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Em 16 de setembro de 1899 foi inaugurado o prolongamento de 2,512 km de extensão da Usina até a estação Juncção do Eléctrico, na Muda da Tijuca, onde se integrava com as linhas de bonde de tração animal da Companhia de São Christóvão.
A Companhia passou a contar com 7,324 km de linhas em operação, além de 11,165 km de linhas em estudo. Foram incorporados mais 3 bondes motores, totalizando frota de 8 bondes motores de passageiros e um de carga. O número de viagens diárias por sentido passou de 12 para 18 viagens.
Em 1900 a Companhia contava com 7,324 km de linhas, 4 bondes de primeira classe para 40 passageiros, 4 bondes mistos para 24 passageiros e 1 bonde de carga.
Annuario Fluminense 1901
Em 1903, a linha do Alto da Boa Vista, denominada Tramway Eléctrico da Tijuca foi cedida à Companhia São Cristóvão através do Decreto nº 4.979 de 22 de setembro de 1903.
Em 6 de fevereiro de 1904, a Companhia São Christóvão foi autorizada a paralisar o tráfego entre a Usina e a rua Conde de Bonfim para as obras de redução da bitola dos trilhos.
Em 1907, a Companhia São Christóvão entra em acordo com a Companhia Villa Izabel para esta última trafegar pela rua Uruguay até o Alto da Boa Vista, suspendendo o serviço da Usina da Estrada de Ferro da Tijuca, sendo agora a energia fornecida pela Companhia Villa Izabel.
Gazeta de Notícias, 23/05/1903
Bonde da Tijuca. 25/04/1907
Foto Augusto Malta / Acervo Light
Em 8 de maio de 1907, a Companhia Villa Izabel inaugura o tráfego direto entre o Alto da Boa Vista e a Praça Tiradentes, com tempo de viagem de uma hora, sem a necessidade de baldeação na estação Juncção do Eléctrico, através de uma nova linha elétrica implantada na rua Uruguai até o entroncamento com a rua Barão de Mesquita.
Revista Eu Sei Tudo
Passageiros Transportados
1899 - 137.660
REFERÊNCIAS:
Página lançada em 19 de setembro de 2019.
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