sábado, 5 de maio de 2018

Locomotora

Companhia Locomotora
1865 - 1878

Resumo Histórico

No dia 20 de dezembro de 1865, é organizada a Companhia Locomotora, aprovada pelo do decreto 3.568 de 20 de dezembro de 1865, destinada principalmente para o transporte de sacas de café entre a estação Dom Pedro II, o porto, os armazéns e o centro comercial, com linhas nos bairros da Gamboa e Saúde.  Nota-se que nessa época, a Estrada de Ferro Dom Pedro II ainda não contava com o ramal da Marítima, inaugurado somente em 1880.

No dia 20 de fevereiro de 1871, através do Decreto Nº 4.698 do Governo Imperial, é aprovada a planta (projeto) e são estabelecidas as cláusulas para execução da primeira linha da Companhia Locomotora, concedida através do decreto 3.568 de 20 de dezembro de 1865. A linha entra em operação em serviço experimental no dia primeiro de agosto de 1871.

A Companhia Locomotora, em 1871,  foi a quarta empresa de carris da a entrar em atividade na cidade, após as companhias Carris de Ferro da Tijuca (1859), Botanical Rail Garden (1868), e Rio de Janeiro Street Railway Company (1869).

No dia primeiro de agosto de 1871, ainda em testes, inauguração da primeira linha de bonde de tração animal da Companhia Locomotora, com bitola de 0,82 m e 12,5 km de extensão, com linhas entre a Estação Dom Pedro II e o centro comercial da cidade, atendendo também aos bairros da Saúde e Gamboa. 

No dia 25 de setembro de 1872, inauguração do alargamento da rua da Saúde, pela Companhia Locomotora, que contava  com 12,5 km de linhas em operação.

Em 1873, a Companhia Locomotora inicia o serviço de transporte de passageiros, antes exclusivo ao transporte de cargas. Contava com 18,255 Km de linhas, frota de 57 bondes e 504 muares. 

No dia 14 de março de 1873, a Companhia recebe autorização para prolongar suas linhas, a partir da Rua Teófilo Otoni, passando pelas ruas Uruguaiana e Rosário, seguindo até o mar, entrando na Primeiro de Março, Praça Dom Pedro II, ao lado do Hotel de France, até encontrar os trilhos já existentes das ruas do Mercado e Teófilo Otoni. 

Em 1873  também foi concedido ao Dr. Luiz Bandeira de Gouvêa e Carlos Fleiuss a implantação de trilhos para o transporte de carga nas ruas do Hospício. Alfândega, São Pedro e General Câmara, a serem percorridos pelos carros da Companhia Locomotora. No dia 29 de janeiro de 1875, através de escritura a Empreza Fleuissf transfere a concessão de sua linha à Companhia Locomotora, transferência esta que foi aprovada pelo decreto 5.878 de 20 de fevereiro de 1875.

No dia 23 de janeiro de 1874, é inaugurado o prolongamento das linhas da Companhia Locomotora pelas ruas Uruguaiana, Rosário, Primeiro de Março e Praça Dom Pedro II, até encontrar os trilhos já existentes das ruas do Mercado e Teófilo Otoni. 

A Companhia Locomotora, além do transporte de passageiros continuava a realizar o transporte de carga em maior escala que às demais companhias. Contava com 23 carros de passageiros e 55 vagões diversos para mercadorias. Sua estação central se localizava na rua Larga de São Joaquim, atual Marechal Floriano, que abrigava armazéns e oficinas, onde construía e mantinha seus carros.

No dia primeiro de fevereiro de 1875, a Companhia Locomotora inaugura o serviço de passageiros pelas ruas Uruguayana e do Rosário. 

Em 1875, com 27 carros de passageiros e 21 km de linhas de bitola de 0,82 m, a Companhia Locomotora transporta 3.197.238 passageiros.

Em 1876, Companhia Locomotora contava com 3 estações: Rua Larga de São Joaquim (atual Marechal Floriano), da Prainha e do Lazareto.

Através de portaria, no dia 12 de abril de 1877, é permitido à Companhia Locomotora transportar passageiros nas linhas das ruas do Príncipe e Princeza dos Cajueiros, como também assentar trilhos nas ruas da Costa e Nuncio, afim de ligar as ruas do Príncipe e Princeza dos Cajueiros até a rua da Alfândega e Largo de São Joaquim.

Ainda em 1877, Companhia Locomotora assenta trilhos nas ruas do Nuncio, Larga de São Joaquim e do Costa, autorizadas pela portaria de 12 de abril de 1877. A companhia passa a contar com 21,597 km de linhas.

No dia 28 de agosto de 1877, as companhias Fluminense, Locomotora, Santa Thereza e Riachuelo solicitam pedido para se fundirem numa só. O pedido só é autorizado no dia 24 agosto de 1878, através do Decreto nº 7.007.

No dia 24 de agosto de 1878, fusão de 4 empresas de carris criando a Companhia de Carris Urbanos, formada pelas Companhia Locomotora, Companhia Santa Theresa (só parte baixa), Companhia Carioca e Riachuelo e Companhia Carris Fluminense. A nova empresa com 55,220 km de linhas que cobria toda a área central da cidade e seus terminais ferroviários e portuários, também realizava o transporte de cargas. Contava com 67 carros de passageiros, 52 de carga e 770 muares. Em 1907 a empresa passa para o controle da companhia "Rio de Janeiro Tramway Light and Power", quando suas linhas são eletrificadas.


Marcelo Almirante
Página lançada em 5 de maio de 2018















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