quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Campo Grande

Carris de Campo Grande a Guaratiba
Serviço de Transporte Rural

1911 - 1968

Histórico

Em 8 de janeiro de 1897, a Companhia Carris Urbanos, que detinha a exclusividade na construção e operação de uma linha de bonde de tração animal entre Campo Grande e Barra de Guaratiba, transfere a concessão para o senhor 
Sebastião Navarro Betim Paes Leme, que se responsabilizou pela construção da linha.

O primeiro trecho de linha de bonde de tração animal só foi inaugurado em 1911, ligando a Estação de Campo Grande à localidade de Santa Clara.

Em 10 de junho de 1912, o senhor Betim Paz Leme, concessionário do contrato assinado em 9 de maio de 1896 para a construção e exploração das linhas de Carris de Campo Grande a Guaratiba, transferiu ao senhor. Antonio Fernandes dos Santos, conceituado industrial,  o contrato de de exploração da linha.

Em 1912, o sistema de bonde de tração animal contava com 8,700 Km de linhas e 30 muares. 

Eletrificação

Em 3 de janeiro de 1916, foram iniciados os trabalhos de construção e eletrificação das linhas de Pedra de Guaratiba e Ilha.

No dia 17 de maio de 1917, a Companhia de Bondes Elétricos de Campo Grande a Guaratiba adquire doze bondes usados da Companhia Jardim Botânico, inaugurando o quinto sistema de bondes elétricos do Distrito Federal, com 17 km de extensão, ligando a estação ferroviária de Campo Grande até Pedra de Guaratiba. 

Até então a companhia operava, a título provisório, o serviço com bondes a gasolina, aguardando a eletrificação da linha.


Estrada do Monteiro em 20/03/1919

Estrada da Pedra de Guaratiba em 1920

Linha de Santa Clara, na década de 1930
Foto Arquivo Nacional

Revista Suburbana, Agosto 1933, p.14

Visita do Prefeito Pedro Ernesto em novembro de 1931
Foto Careta


Em 1930, foi planejada a construção de uma linha entre Campo Grande e Inhoaíba, com cerca de 5 km de extensão, nunca executado.

A partir do dia 12 de abril de 1936, em função da rescisão amigável com indenização entre a Prefeitura e a Companhia de Viação Rural, os bondes passaram a ser administrados pela Diretoria dos Serviços de Utilidade Pública. O material rodante se encontrava em estado pouco satisfatório de manutenção.




Em 1944 foi concluída a reconstrução das linhas de Santa Clara a Pedra e do Monteiro à Fazenda Modelo, respectivamente com 9,500 Km e 8,200 km de extensão.


Década de 1950

Década de 1950

Centro de Campo Grande em agosto de 1954
Foto Arquivo Nacional

Concorrência do lotação Campo Grande - Pedra, por volta de 1955


Avenida Cesário de Mello em 1963


Em 1964, extinção das linhas Ilha e Pedra de Guaratiba, restando apenas as linhas Monteiro e Rio da Prata. O sistema operava precariamente, funcionando graças ao empenho dos antigos funcionários.

No dia 31 de outubro de 1967, extinção definitiva do serviço de bondes elétricos de Campo Grande. Os três últimos bondes circulam nas linhas do Rio da Prata e do Monteiro. 


O Globo, 03/11/1967


Extensão dos Ramais (Km)

Campo Grande - Monteiro            5,1
Monteiro - Pedra                         13,3
Monteiro - Ilha                             14,3
Campo Grande - Rio da Prata      5,4

Total                                             38,1


Passageiros Transportados

1912             100.425
1940          2.007.472
1944          4.716.000
1945          5.960.000
1946          7.014.000
1947          6.764.000
1948          6.794.000
1960          4.165.000
1961          4.033.000


REFERÊNCIAS:

Mensagem do Prefeito à Câmara em março de 1898.

Termo de Cessão e Transferência que ao Sr. Antonio Fernandes dos Santos faz Pedro Pedro Betim Paz Leme, do Contrato da Empreza de Carris de Campo Grande a Guaratiba. O Paiz. Rio de Janeiro 20 junho 1912. p. 10.

Mensário Estatístico de 1960. Departamento de Geografia e Estatística da Guanabara.

Página lançada em 9 de outubro de 2019

Um comentário:

  1. QUEM AÍ ANDOU DE BONDE?. EM 1960 EU MORAVA A UNS 200 METROS DO, HOJE, PREZUNIC E ESTUDAVA, NO PRIMEIRO ANO, NA ESCOLA PROFESSOR GONÇALVES... . E NÃO É QUE EU ESPERAVA O BONDE!!!... . O MELHOR É QUE NÃO DAVA TEMPO DE O COBRADOR VIR ME COBRAR. RS RS RS ... .

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